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O mais recente relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia mostra que em 2024 a procura global de gás crescerá 2,5% ou 100 bilhões de metros cúbicos. O inverno mais frio esse ano, em comparação com as temperaturas amenas de 2023, deverá trazer uma procura maior de aquecimento nas casas e comércios. Na produção de energia, a estimativa é que o uso do energético aumente apenas de modo marginal, já que a previsão é que o maior consumo de gás na região Ásia-Pacífico, na América do Norte e no Oriente Médio seja parcialmente compensado pela redução da procura na Europa.

O relatório diz ainda que os preços caíram acentuadamente após os máximos históricos de 2022, o que também apoia a recuperação da procura. Embora os preços continuem bem acima das médias, a demanda nos setores industriais sensíveis aos preços registrará um recuo no crescimento.

As questões geopolíticas não ficaram de fora do relatório da AIE, sendo consideradas o maior fator de risco para os mercados globais de gás em 2024. A invasão da Ucrânia pela Rússia, o aumento das tensões no Oriente Médio e as preocupações sobre a interferência deliberada em infraestruturas críticas, como os oleodutos têm o potencial de gerar ainda mais volatilidade.

A expectativa é que o fornecimento de GNL cresça 3,5% este ano – bem abaixo dos 8% registrados entre 2016 e 2020 – uma vez que atrasos em novas fábricas de liquefação e questões relacionadas com a disponibilidade de gás de alimentação em projetos existentes poderão atrasar o crescimento do fornecimento até 2025.

Em 2023, a procura mundial aumentou apenas 0,5%. O crescimento na China, na América do Norte e nos países ricos em gás na África e no Oriente Médio foi parcialmente compensado pelo declínio de outras regiões. À medida que as restrições pandêmicas foram afrouxadas e a atividade econômica voltou, a China recuperou a condição de maior importador mundial de GNL e a procura do energético  cresceu 7%. O consumo na Europa caiu 7%, atingindo o nível mais baixo desde 1995. O declínio foi agravado pela rápida expansão das energias renováveis e por uma maior disponibilidade de energia nuclear.

Segundo Keisuke Sadamori, Diretor de Mercados Energéticos e Segurança da AIE, o mercado global de gás entrará em um novo período  em um momento que o mundo emerge gradualmente de uma crise energética que teve impactos profundos a oferta e a demanda . Ele acredita ver um crescimento sólido na procura global em 2024, já que os preços caíram. Mas a velocidade com que a nova procura possa ser suprida será crítica, devido a escassez na oferta e que uma nova capacidade substancial de GNL só estará operacional depois de 2024.